Breitling lança novos modelos de relógios femininos em noite de luxo e glamour em Nova York

A marca de relógios apresentou os modelos Navitimer 36 e 32 em evento especial na cidade.

A renomada marca suíça de relógios, Breitling, apresentou o mais novo lançamento do seu icônico modelo Navitimer em dois novos tamanhos, trazendo uma silhueta mais fina e elegante, com mostradores em madrepérola, ouro vermelho de 18k e diamantes.

 

Os novos Navitimer 36 e 32 celebram a história de seu modelo, que começou como uma ferramenta de navegação utilizada por pilotos em suas jornadas e agora se torna símbolo representativo das jornadas pessoais de outros líderes e conquistadores.

Para celebrar este significado, a Breitling lançou a campanha NAVITIMER — FOR THE JOURNEY. Protagonizada pelo Navitimer Squad, time composto pelo astro do basquetebol Giannis Antetokounmpo, pela bailarina principal Misty Copeland, pelo pioneiro da aviação Bertrand Piccard — e, agora, pela atriz Charlize Theron, vencedora do Oscar e a personificação dos novos Navitimer 36 e 32.

A Lifestyle Mag estava lá não só para prestigiar como também conversar com Misty Copeland, uma das embaixadoras e membro do Navitimer Squad. Misty faz parte da história do balé atual, foi a primeira mulher negra da história a ser promovida ao papel de bailarina principal da American Ballet Theatre – e hoje é uma das grandes bailarinas da atualidade com livros publicados e um documentário que conta sua história, além de ter sido indicada como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time em 2015.

LM: A primeira pergunta é, como você se sente tendo a Breitling fazendo parte da sua vida pessoal e sendo embaixadora dela?

MC: É uma honra fazer parte de uma marca que tem esse incrível legado e história – é sobre legado, criar algo que é atemporal e a jornada que leva à criação de relógios lindos. É uma arte criar relógios da mesma forma que se cria arte com o seu corpo, então eu me sinto muito honrada em fazer parte da Breitling e a sua jornada até aqui.

 

LM: E como você acha que você incorporaria o storytelling através da sua dança?

MC: É uma parte intrínseca do que eu faço. Nós treinamos a técnica durante anos, dia após dia, porque ela é uma linguagem do storytelling. É o que nos dá as ferramentas necessárias para comunicar a história sem palavras – e essa é a minha parte favorita do que eu faço. Claro que eu adoro os aspectos técnicos, pois eles fazem parte do que fazemos diariamente, mas no final, tudo isso é uma ferramenta para ir ao palco e se apresentar e isso é o que eu mais gosto de fazer.

Estou realmente ansiosa para essas apresentações incríveis e surpreendentes que teremos hoje à noite.

 

LM: O que você considera a maior conquista da sua carreira?

MC: Quando eu olho para trás tinha a sensação de que o balé não era algo que estava ao meu alcance e, tendo em mente todas as oportunidades que eu tive por causa do balé, então é difícil escolher uma coisa.

Me tornar uma dançarina principal, sendo a primeira mulher negra a conquistar isso no American Ballet Theater é uma delas. Poder estar em uma posição onde posso usar a minha voz e a minha plataforma para compartilhar a incrível história de mulheres negras no balé que nem sempre são contadas.

E depois, é claro, poder estar alinhada com pessoas incríveis e ter parcerias incríveis como essa. Bailarinos não costumam ter as mesmas oportunidades que muitos atores e atrizes ou atletas profissionais. É surreal pensar em todas as coisas que tive a oportunidade de fazer e, espero, dar o exemplo e mostrar que os artistas têm um impacto tão poderoso quanto outras pessoas que recebem essas oportunidades, então espero que eu não seja a última a estar nessa posição.

 

LM: Como você mantém um estilo de vida saudável com tudo que você faz, com uma vida agitada e sendo uma bailarina principal?

MC: Tem muito a ver com o que eu faço desde os 13 anos de idade, a disciplina que envolve ser uma dançarina. Usamos o nosso corpo como instrumento, e é preciso cuidar bem dele. Existem muitos clichês no mundo do balé, como os distúrbios alimentares e tantas outras coisas, mas, no fim das contas, somos atletas e é preciso estar saudável para ter uma carreira duradoura.

Para mim é ouvir o meu corpo e tratá-lo com respeito, pois é isso que permite me apresentar e entregar a minha arte. Tudo na minha vida me levou a esse ponto, de entender como é importante ser saudável, especialmente sendo mãe de primeira viagem.

A importância de me tratar com respeito, porque eu preciso estar presente para a minha família, ser forte e estar pronta, para cuidar e nutrir.

Hoje é a minha primeira noite longe do meu filho, ele acabou de fazer 17 meses, então quanto mais velha eu fico, percebo que se você realmente ouvir seu corpo, ele vai agradecer. Não é fácil, e a família se torna mais importante quando você tem alguém que precisa dos seus cuidados.

 

LM: Como a sua plataforma como figura pública permitiu que você defendesse mudanças sociais e culturais na comunidade do Valley e fora dela?

MC: Tem sido muito orgânico para mim, sendo uma mulher negra e a única mulher negra na American Ballet Theatre nos primeiros 10 anos da minha carreira me mostrou a importância da representatividade, não só sendo um corpo no palco, mas tendo uma voz ativa também, e isso é uma das coisas que muitos dançarinos não levam em consideração.

Artistas e atletas, principalmente dançarinos, não costumam ser incentivados a ter uma voz ou uma opinião e eu acho que isso torna o mundo um lugar melhor quando ouvimos o que eles têm a dizer.

Essa tem sido uma grande parte da minha missão: contar as minhas experiências e de tantas outras pessoas que vieram antes de mim e que não tiveram as mesmas oportunidades que eu tive como pessoa negra no mundo do balé, e isso é uma coisa que eu sinto que preciso fazer.

Não se trata apenas de ser uma dançarina de balé, mas de fazer parte de algo maior do que eu mesma, eu sou parte de um legado incrível de dançarinos negros e tenho orgulho de poder falar sobre essas experiências.

 

LM: E você também é uma autora, certo?

MC: Sim e essa é uma outra maneira de deixar um legado e ter uma voz. Tudo está conectado a essa missão de trazer mais acesso e oportunidade para fazer parte das artes, especialmente para as crianças e comunidades carentes.

Através dos meus livros e tudo o que eu escrevo, e tem muito mais por vir através da minha fundação, a The Misty Copeland Foundation e minha produtora Life in Motion Productions. Tudo isso com a mesma missão de expor, dar oportunidade e acesso à dança, especialmente para comunidades carentes.

 

LM: Tem alguma coisa que você queira compartilhar com os nossos leitores? Como é a nossa última pergunta eu gostaria de saber que mensagem você gostaria que os nossos leitores da nossa revista, que começou originalmente no Brasil e especialmente para aqueles que te admiram e se inspiram pela sua jornada.

MC: Eu acho que no final das contas é sobre ser feliz, ouvir a si mesmo. É ter um sistema de apoio ao seu redor com pessoas que você confia, que acredita em você e que te encoraja mesmo em dias que você esteja desmotivada e, seja o que for, acho que todas essas coisas são importantes para se valorizar e se respeitar.

Eu acho que isso é muito importante, especialmente para os jovens de hoje, que podem ficar tão perdidos e presos no barulho e nos caos das mídias sociais sentindo que precisam ser ou parecer de uma determinada maneira.

É sobre voltar a si mesmo e entender o poder de ser um indivíduo, ter a sua própria voz, e que essas coisas são muito mais impactantes e ricas do que se misturar ao caos do mundo.

 

LM: E estou apenas improvisando aqui: como você sente que encontrou sua voz, sua voz pessoal e única?

MC: Sinto que usei a dança como ferramenta para descobrir minha voz, ela permitiu entrar em contato com meu corpo e meus pontos fortes e isso tem me guiado em tudo o que faço. A dança tem sido a espinha dorsal que me deu tudo, que me deu confiança, que me permitiu sentir bonita em minha própria individualidade, e é por isso que eu sempre incentivo as pessoas a expor seus filhos e eles mesmo as artes, a música e à dança, porque eu acho que isso permite que você se aprofunde em si mesmo e encontre sua voz.